quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

ESCOLHENDO UMA ACADEMIA DE HAPKIDO

Escolher uma escola de Hapkido

Há alguns aspectos a considerar antes de começar a treinar Hapkido. Hapkido é para efeitos mentais, físicos, e benéficos à saúde.

Quando treinado de maneira correta, deve-se perceber a técnica e sua finalidade.
Hapkido é para auto-defesa, e para defesa de terceiros.

O Hapkido não é, nunca foi , e nunca será para fins esportivos, auto afirmação ,e etc.

Hapkido NÃO tem nada a ver com expressões como:

VALE TUDO COREANO
ARTE DOS NINJAS COREANOS
MMA COREANO

E outros.

Seus valores pregam muito mais do que isso.

Suas Técnicas são uma combinação do "duro" e do "suave".
Hapkido não é apenas um meio de auto-defesa , mas também, ele carrega consigo toda uma filosofia  e a história de um povo.
Circulo, fluidez e harmonia: formam a essência do Hapkido.

Uma técnica circular deve fluir para os outros, em harmonia com a energia do adversário.

Avalie as técnicas ensinadas por praticidade.

Se o movimento pára ou é de natureza mecânica, a técnica muito provavelmente não será aplicável a uma situação de combate real.

Essas técnicas não são consideradas Hapkido.
Existem várias escolas de Hapkido por ai afora, e encontrar uma boa pode ser difícil.
Embora acreditemos que o Hapkido de nossa escola,seja um dos estilos mais sérios e que melhor representa a arte do Hapkido em sua essência,mesmo assim,isso pode não ser o suficiente para convence-lo a treinar conosco.

Portanto, recomendamos a quem se interessa por um Hapkido de qualidade, que ao ingressar numa escola, escolha uma em que o instrutor da mesma compreenda estes aspectos citados.

sábado, 25 de setembro de 2010

PREPARAÇÃO MENTAL NOS ESPORTES DE COMBATE

Um cliché muito utilizado é que a actividade desportiva é 10% física e 90% mental. Pessoalmente acho esta estatística exagerada, e certamente não existirá uma forma fiável de podermos medir a importância relativa dos dois factores. Mas arrisco a dizer que a condição mental e a condição física se encontram intrinsecamente ligadas, fazendo um elemento único fundamental para a boa performance.

Pesquisas efectuadas com atletas de nível olímpico e outros atletas de elite, mostram-nos que os factores psicológicos aumentam o seu grau de importância na performance à medida que o nível do atleta vai evoluindo e a exigência competitiva aumenta. A grande maioria dos atletas passa a grande parte do seu tempo, se não a totalidade, a treinar os aspectos físicos em detrimento dos aspectos mentais. É importante referir, especialmente para atletas lutadores que o desenvolvimento dos aspectos físicos atinge um pico de evolução mais prematuramente que o condicionamento mental. Todos já experienciámos combates ou lutas em que fisicamente os oponentes estão com níveis de desenvolvimento físico idênticos, mas com performances desportivas em competição muito distintas.
Então, Isto deve-se a que factor?

Certamente a níveis de desenvolvimento ou preparação mental também distintos. Existirá sem dúvida diferenças muito significativas na abordagem competitiva, ao nível da confiança, concentração, impetuosidade e tenacidade mental.

As diferenças serão ainda mais significativas para quem treina de forma comprometida com a competição e quem treina por diversão e gozo. As características entre estes dois tipos de praticantes serão também elas bastantes significativas. Mas em que aspecto? À partida que características saltarão mais à vista? Acredito que muitos dos atletas que fazem apenas por gozo, estejam em plenas condições físicas para combater! Mas com que nível de eficácia? É que para aumentar os níveis de eficácia de movimentos explosivos e precisos, um conjunto de características mentais têm forçosamente que dar suporte a toda a parte física e técnica.

A psicologia desportiva aplica métodos e princípios que permitem aumentar o rendimento e a performance dos atletas, que efectivamente queiram melhoram e se sintam motivados para cumprirem uma auto-disciplina mental rigorosa. A implementação de um programa de treino mental ao treino físico, não funciona como magia, nem é isso que se pretende. O objectivo principal é fornecer e ensinar um conjunto de estratégias mentais que potenciem o treino desportivo (capacidades já existentes), assim como poder implementar outras que possam não fazer parte do reportório do atleta. Estas estratégias pressupõem a eliminação de algumas barreiras ou dificuldades que o atleta possa apresentar e se verifiquem ser um impedimento ao seu progresso, assim como implementar outras que projectem o atleta para um nível competitivo superior.

Aquilo que os atletas de esportes de combate, citando apenas alguns (Karate, Judo, Jujitsu, Aikido, Iaido, Kobudo, TaeKwondo, Kung Fu, Capoeira, Sumo, Boxe, Muay Thai, Kickboxing) devem entender sobre a importância do treino mental, é que existem um conjunto de intervenções que já provaram quer em investigações quer no próprio local de combate, serem de grande importância para a melhoria do rendimento. Não serão as mesmas para todos os atletas, tal como o treino físico não será igual para todos. Se você explicar e ensinar uma “chave de braço” a um atleta noviço, provavelmente não esperará que ele o execute na perfeição depois de apenas uma lição. Os lutadores facilmente percebem o porquê desta situação, é que são precisas muitas horas de treino físico para se chegar a eficácia de uma técnica. Mas na grande maioria das vezes assumem que as estratégias mentais ou que o treino mental, como a concentração, o controlo dos níveis de activação e excitação, o foco atencional, a gestão da ansiedade ou a tenacidade mental, deverão ocorrer naturalmente, ou que não podem ser aprendidas. Isto é um erro. As estratégias mentais podem ser aprendidas, mas para chegarem ao nível de serem eficazes requerem prática, tal como o treino físico.

Ao nível mais básico existem 3 estratégias que fazem parte das componentes dos esportes de combate que são afectadas e influenciadas pelos factores psicológicos. Você pode melhorar todas elas: Pensamentos (cognições); Sentimentos (emoções) e físicas (somáticas). Cada uma destas componentes afectas as outras de diversas formas e em situações diferentes. Um pensamento comum é: “O que é que acontece se eu perder?” “A minha família e os meus fãs estão aqui, eu irei deixá-los desiludidos e sentir-me-ei humilhado”. Este tipo de pensamento pode ser muito incapacitante e causa certamente de forma imediata sentimentos de nervosismo, ansiedades e dúvida. Nesse exacto momento o atleta irá sentir sensações físicas, como perda momentaneamente de energia, batimento cardíaco acelerado, hiperventilação ou náuseas. Mas este ciclo sabotador não termina aqui, a mente do atleta irá interpretar os sintomas físicos experienciados como um sinal de que o seu corpo está em perigo ou com problemas, não lhe transmitindo sensações de capacidade e eficácia. O atleta começa a pensar: “oh meu Deus, estou tramado”. “eu vou “morrer” aqui mesmo”. Isto como é óbvio ampliará ainda mais a ansiedade, o medo e a fraqueza sentida, o que fará com que o seu corpo continue a reagir de forma negativa, entrando numa espiral da desgraça, ficando o atleta numa situação bastante crítica. Se pretende melhorar alguns destes aspectos leia o artigo que escrevi sobre este tema: 8 regras para criar pensamentos capacitadores.

Este ciclo incapacitante não tem necessariamente de começar com um pensamento, pode começar igualmente com um sentimento, talvez de falta de confiança, ou uma sensação física, como borboletas no estômago. Se este ciclo não for identificado e inibido, pode ganhar vida própria e controlar por completo a performance do atleta. Então perante um cenário deste tipo o que pode o atleta fazer? Tal como na estratégia de luta – o atleta deverá preparar-se para o que poderá acontecer em competição e construir um conjunto de habilidades para responder de forma eficaz em situações de pressão. A intervenção dos psicólogos do esporte assim como a implementação de um programa de preparação mental no treino tem por objectivo o desenvolvimento do controlo dos seus pensamentos, sentimentos e corpo, perante a pressão do adversário. Em competição, o atleta irá saber como direccionar todo este processo, ao invés de apenas reagir, na grande maioria das vezes de forma desadequada afectando-lhe o rendimento. Um bom lutador nunca entra no ringue ou na arena, sem se ter treinado e a pensar “vou ver se ele ataca e se…, por isso vou tentar de alguma forma contra-atacar. Um bom lutador prepara-se de forma rigorosa e exaustiva, desenvolvendo planos para tantos cenários quanto possível, e desenvolvendo as habilidades necessárias para conseguir executar esses planos antes de entrar em competição. As estratégias mentais ou psicológicas não requerem menos preparação nem menos atenção do que todos os outros aspectos do condicionamento físico.

Como é que o atleta pode trabalhar e resolver o problema?

Usando a teoria que apelido de: Estados incompatíveis entre si. Passo a explicar, quando o atleta direcciona intencionalmente os seus pensamentos, emoções e acções motoras, coloca-se num estado de grande capacidade (Zona Óptima de Funcionamento), ficando muito menos vulnerável à influência negativa induzida pela atitude que adopta quando apenas reage ao seu adversário. Estrategicamente é como mudar o ritmo de ataque ou transmitir uma atitude de, “ estou aqui para aplicar a minha luta”. Se o atleta estiver activamente envolvido com as suas auto-verbalizações positivas e capacitadores, é praticamente impossível simultaneamente estar a ter pensamentos derrotistas. Se o atleta se sentir confiante é muito difícil em simultâneo sentir-se ansioso. Estes estados são incompatíveis entre si. Se o atleta estiver num estado de relaxamento, não consegue simultaneamente estar tenso. As três componentes anteriormente referidas, encontram-se inter-relacionadas, se o atleta tiver um controlo positivo sobre uma, irá automaticamente influenciar as outras, seja para um estado de capacidade ou um de derrota. Nos programas de preparação mental que aplico, utilizo uma expressão com os atletas que expressa o que aqui descrevi: “o corpo está à escuta da mente.” Tudo o que dizemos e sentimos tem um reflexo nas nossas acções, será tanto mais capacitador quanto melhor forem as indicações intencionais dadas a si próprio por parte do atleta.

AUTO-MONITORIZAÇÃO DAS HABILIDADES

Se um dos objectivos do lutador é ter controlo sobre os seus pensamentos, emoções e estado físico, terá que inicialmente aprender a estar consciente disso. O lutador terá de perceber como é que cada uma destas componentes funciona, antes de as poder mudar de forma eficaz e vantajosa. Terá ainda de perceber as estratégias que melhor funcionam ou podem vir a funcionar, assim como aquilo que deverá alterar ou implementar para que possa melhorar o seu rendimento, e acima de tudo que consiga perante a exigência da competição expressar tudo o que adquiriu em treino para que consiga alcançar um grande desempenho.
Existem algumas formas de o poder fazer. Apresento em seguida um conjunto de perguntas em formato de questionário, não existem respostas certas nem erradas, mas sim o que o atleta pensa ser aquilo que acontece com ele.

O atleta necessita de identificar a forma como pensa, sente e se comporta para ter o seu melhor desempenho. Depois precisa identificar o que fazer para se colocar no seu estado mental ideal para competir (o que necessita fazer para “carregar” o seu modo competitivo). Para que o possa ajudar neste processo precisa tentar recordar algumas competições passadas.
Responda às questões que se seguem para que o ajudem a construir o estado mental competitivo que funciona para si.

Pense numa das suas melhores competições no último ano e responda ao seguinte:

* 1- Como é que se sentiu minutos antes do combate?
Nada activado (1 2 3 4 5 6 7 8 9 10) muito activado
Nada preocupado /sem medo (1 2 3 4 5 6 7 8 9 10) extremamente preocupado

* 2- O que é que estava a dizer ou a pensar para si minutos antes de iniciar o combate?
* 3- Como é que foi a sua concentração durante a competição? Em que é que prestou atenção durante a competição?

Agora, pense numa das suas piores competições no último ano e responda ao seguinte:

* 4- Como é que se sentiu minutos antes do combate?
Nada activado (1 2 3 4 5 6 7 8 9 10) muito activado
Nada preocupado / sem medo (1 2 3 4 5 6 7 8 9 10) extremamente preocupado

* 5- O que é que estava a dizer ou a pensar para si minutos antes de iniciar o combate?
* 6- Como é que foi a sua concentração durante a competição? Em que é que prestou atenção durante a competição?

* 7- Quais são as diferenças que encontra relativamente aos seus níveis de energia e aos seus pensamentos antes destas duas competições? E na sua concentração e atenção?

Faça uma revisão das suas respostas. Em particular, nas diferenças que encontrou entre os seus pensamentos, concentração e níveis de energia antes da sua melhor competição comparativamente com a pior. Como é que você prefere pensar/ sentir antes de competir? Em que é que prefere concentrar-se antes e durante a competição? Com estas “coisas” em mente, tente agora perceber e/ou construir um conjunto de estratégias que o ajudem a alcançar o seu estado mental óptimo. Por exemplo, se para se sentires bem e a competição lhe correr bem tem de se colocar num estado intenso e agressivo, tente identificar algumas coisas em que pensa, diz, e faz que o ajudam a ficar nesse estado. Ou se fica demasiado ansioso ou nervoso quando pensa sobre a competição, tente perceber o que é que faz para se distrair antes da competição (ouvir música, falar com os amigos, estar sozinho, ver os combates dos adversários, etc.)

* 8- Antes de você competir o seu estado mental óptimo consiste em:

* 9- Estratégias que o ajudam a atingir o seu estado mental óptimo incluem:

O objectivo do exercício proposto pretende que o atleta tome consciência do conjunto de estratégias que possam funcionar para potenciar o seu rendimento desportivo. Tomar consciência do corpo, dos pensamentos, aquilo que pensa e como pensa, e aquilo que sente em diferentes fases da sua preparação. A capacidade de auto-monitorização pode ser aprendida com a prática. O atleta pode começar a monitorizar e a registar todas estas coisas durante o treino de forma a que descubra alguns gatilhos ou pistas relevantes que melhorem a performance. O atleta pode criar um diário de registo em que de forma resumida possa tomar alguns apontamentos depois do treino descrever os seus pensamentos, sentimentos e estados físicos que ocorreram, como você respondeu, e como eles afectaram o seu desempenho. O auto-conhecimento vai ajudar o atleta a identificar os estados psicológicos positivos que pode criar, desenvolver, construir e reconhecer os pensamentos negativos, sentimentos e estados que podem interferir com o seu desempenho, para que possa desenvolver um plano para corrigi-los.

Fonte: http://www.escolapsicologia.com

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

HOSHIN SOOL - A IMPORTANCIA DA RECEPÇÃO DE UM GOLPE




No treinamento de ho shin sool ( defesa pessoal ) existe o atacante ( ou agressor ) , que é aquele que promove um ataque. E o defensor ( ou agredido) , que absorve ou recebe os ataques.

O atacante ( agressor) , que executa a pegada ou ataque propriamente dito , deve ser sincero na intenção , respeitando tanto os limites quanto o potencial do seu parceiro ( defensor).
Ele deve harmonizar-se com a técnica de defesa, acompanhando de modo relexado e caindo com suavidade.

O defensor ( agredido) , é aquele que recebe os ataques no treino. Procura vencer a si mesmo e nunca ao outro, busca se defender do modo mais eficiente sem que alguém seja ferido, pretende harmonizar com o movimento e não saber se pode ou não derrotar seu semelhante.


O Atacante é a pedra de amolar.
Nela o defensor vai afiar sua técnica ( lâmina).
Se a pedra for tosca e irregular , o fio se tornará dentado e quebradiço.
Se a pedra for lisa e polida, o fio se tornará cortante e confiável.



“ texto adaptado e extraído do livro – Aikido , ténica e filosofia de Ernesto Cohn “

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

20/08/2010 - 07h00
Ex-boia fria se divide entre a maternidade e o boxe para ser campeã mundial

Mauricio Dehò
Em São Paulo




A história é batida no mundo do boxe. Pobreza, pouco estudo e trabalho desde criança, esforço recompensado por uma carreira árdua, mas de sucesso entre as cordas do ringue. O enredo, no entanto, tem um detalhe especial: a protagonista é uma mulher. Rosilette dos Santos, ex boia-fria, pode se tornar, nesta sexta-feira, campeã mundial do mais masculino dos esportes.
ROSILETTE DOS SANTOS

*
25
LUTAS

Tem Rosilette como profissional: 21 vitórias e quatro derrotas
*
13
NOCAUTES

Aplicou a paranaense nos triunfos
*
35
ANOS

Rosilette completou em junho, sendo que luta desde 2001
*
9
IRMÃOS

A família da lutadora tinha de sustentar um batalhão em Castro

* BRASILEIRO CONVIVE COM TYSON
* KLITSCHKO PEGA EX-CAMPEÃO

Em meio aos problemas típicos de uma dona de casa (dividir o tempo entre os treinos e os filhos, afinal, sempre gera um debate interno), Rosilette luta nesta noite contra a argentina Marcela "La Tigresa" Acuña, em Formosa, na Argentina. O duelo da categoria supergalo vale três cinturões, das entidades mais tradicionais do boxe: Conselho Mundial (CMB) e Associação Mundial (AMB), que pertencem a Marcela, e Organização Mundial (OMB), que está vago.

Para a brasileira, não precisava de tantos incentivos esportivos. A simples chance de fazer uma viagem internacional já é uma conquista para boxeadora de 35 anos, sete deles como pugilista profissional. "É uma mudança total pelo que passei com minha família. Vim do interior para a capital [Curitiba (PR)] e sou reconhecida pelo que faço no boxe. Aquela menina que pegava no cabo da enxada não é a mesma de agora", conta ao UOL Esporte.

A história da pugilista começou em Castro, município paranaense próximo de Ponta Grossa, cerca de 150 km de Curitiba. As condições de vida eram muito simples na chácara da família Santos, onde todos batalhavam para dar conta de sustentar nove filhos.

"Eu trabalhava com meus pais ajudando no que podia. A família era pobre. Ia para a roça, capinava. Muitas vezes tinha que trabalhar em um dia para comer no outro. Ganhava cinco, dez reais", lembra a lutadora.
FINAL DE COPA PARA BRASILEIRA:
'ESTE COMBATE VALE TUDO PARA MIM'

* Divulgação

São 4 horas de treino por dia para a paranaense
* Divulgação

Rosilette vai ao campo no jogo entre Atlético-PR e São Paulo, pelo Brasileirão: apoio do clube do PR

Rosilette tem acrescentado aos treinos sessões de vídeo para aprender tudo sobre a rival. Apesar de não ser uma grande nocauteadora, Marcela Acuña, teve sucesso em seus últimos 15 combates. Assim, a brasileira tem a noção de que terá de superar e muito a rival, até por lutar fora de casa. "Tenho de ter atenção nos três primeiros rounds, quando ela tenta definir. Esta luta representa tudo, é o combate da minha vida. Estamos vivendo uma final de Copa do Mundo, ainda mais porque é Brasil x Argentina", disse Rosilette.

* LEIA MAIS NOTÍCIAS SOBRE LUTAS NO UOL ESPORTE

Após resolver sair de casa, para morar com uma amiga, Rosilette conheceu o pugilista Macaris do Livramento, que viraria o personagem principal para mudar sua vida. Ele foi lutar em Castro em 1999 e fez a paranaense "estrear" na platéia de uma luta de boxe. A jovem já havia assistido a nocautes de Tyson na TV, mas nunca ficara pertinho de um ringue.

A relação entre os dois, nascida do encontro, cresceu e ela passou a acompanhar Macaris pelo interior do Paraná. Ele viajava para lutar. Ela acompanhava. Deixou até os trabalhos de doméstica que a sustentavam. "Uma vez, numa cidade no norte do estado, não tinha nada para fazer e peguei uma luva velha da academia para começar a brincar no saco de pancadas. Fui batendo do meu jeito e assim começou. Outro dia já estava treinando dois, três rounds, sozinha", diz Rosilette.

O esforço passou despercebido por Macaris, que, como você já deve ter adivinhado, virou o marido da ex-doméstica. "Na época eu era muito preocupado com as minhas lutas. Estava tão focado que nem percebi [o que ela estava fazendo]. Só quando alguém comentou 'Viu que ela tem jeito?' prestei atenção. Passei a ensinar. Ela tem uma força de vontade muito grande", afirma o boxeador.

A vontade de vencer, e a percepção de que os treinos de boxe melhoravam sua silhueta ("que era toda molinha", como a própria Rosilette define), encorajaram a jovem pugilista a treinar. A luta, contra outras meninas, no entanto, ainda era um passo ousado demais. Só depois de muita insistência Macaris conseguiu: "Ta bom, eu luto", falou o garota.

A estreia amadora foi em maio de 2001. De cara, contra uma argentina. O combate foi feio, sem técnica, mas Rosilette venceu por pontos. Com direito à família toda assistindo. No boxe olímpico foram 13 vitórias, antes da profissionalização em 2003. Nas duas lutas como profissional, duas derrotas. Uma série de vitórias contra lutadoras de pouca expressão permitiu que ela passasse a construir um cartel mais forte. Até 2006.

Nesse ano, Rosilette foi obrigada a se afastar do ringue para cuidar de um novo objetivo: a maternidade. "Pensei que a carreira tinha acabado ali. E, se tivesse parado, não teria conseguido nada", admite ela. "Mas foi o contrário, em 2008 retornei ao ringue e hoje sou o que sou."

As conquistas têm voz própria. Hoje ela ostenta um cinturão mundial, de uma das entidades secundárias do esporte. Como uma de suas fontes de inspiração, Duda Yankovich, campeã mundial em 2006 pela Wiba (Associação Internacional de Boxe Amador), em 2010 Rosilette conquistou o título da Comissão Mundial de Boxe Feminino, como peso galo.
MARIDO NO CORNER

Quando vai começar o treino, o Macaris marido fica fora. Eu cobro mais dela do que dos outros, mas porque é a mãe da minha filha, só quero que esteja bem
MACARIS DO LIVRAMENTO, técnico, marido e ainda pai de Nicoly, de três anos

Mesmo com um cinturão "pequeno", foi reconhecida. Antes empregada doméstica e boia fria, desfilou em carro de bombeiros na sua cidade natal. E ganhou uma chance de voltar a lutar na Argentina - o desafio, porém, é em uma categoria mais pesada.

Na rotina da mamãe Rosilette, as sessões de treino se dividem com a rotina de cuidar da família. "Homem é fácil falar, ainda mais se for só atleta. Minha história é diferente. Acordo às 6h para 10 km de corrida. À tarde faço musculação leve e depois a parte técnica" enumera. "Fora isso, tenho de cuidar da minha filha."

Para Macaris, agora presidente da Federação Paranaense de Boxe, resta fazer o possível para manter esta engrenagem funcionando. Desde que retornou da pausa na carreira, em 2008, Rosilette perdeu duas vezes, uma na Argentina e uma na Alemanha. Venceu 13, nove seguidas.

"Quando vai começar o treino, o Macaris marido fica fora. Eu cobro mais dela do que dos outros, mas porque é a mãe da minha filha, só quero que esteja bem", explica o marido/técnico, que sabe que a missão será complicada.

Acuña tem 33 anos e um cartel de 34 vitórias (16 nocautes), cinco derrotas e um empate. Ela não perde desde 2005, com 15 triunfos consecutivos desde então, já como campeã do mundo.


Fonte: Uol Esportes

domingo, 1 de agosto de 2010

ENTIDADES MUNDIAIS DE HAPKIDO

Principais Instituições Mundiais

• Hoi Jeon Moo Sool (Arte Marcial Circular)

O Hoi Jeon Moo Sool é um estilo de Hapkido que foi fundado pelo Grão Mestre Myung Jae Ok (irmão gêmeo do Grão Mestre Myung Jae Nam – Fundador da IHF), focando suas técnicas para a circularidade. Suas movimentações suaves e contínuas foram estabelecidas a partir dos elementos Yu, Won e Wha, ou seja, Água, Círculo e Harmonia. Em conjunto, esses elementos contemplam ao praticante a elevação espiritual, bem como a progressão técnica. O conceito circular fez com que o Hoi Jeon Moo Sool desenvolvesse suas particularidades, bem como sua linha de desenvolvimento técnico como Hoi Jeon Moo Do (auto defesa), Jok Sool Do (chutes), Kum Sool Do (espada) e Bong Sool Do (bastões), elevando-se assim para uma nova arte marcial, independente do Hapkido.

• I.H.F. (International H.K.D. Federation)

Fundada pelo Grão Mestre Myung Jae Nam, teve como maior objetivo a união de todas as escolas e estilos de Hapkido coreanos por meio da simplificação das técnicas. O Kuksanim Myunga Jae Nam aprimorou as técnicas circulares do Hapkido, sendo influenciado pelo intercâmbio cultural que obteve ao treinar Aikido por volta de 1970. Esse aperfeiçoamento resultou em técnicas simples e evolutivas que poderiam ser praticados por qualquer praticante de Hapkido independente da escola ou estilo, fazendo assim com que o Hapkido pudesse ter uma identidade uniforme. Seu objetivo não foi alcançado devido às resistências dos outros estilos e escolas. Assim, em base nos seus objetivos e nas técnicas que desenvolveu, Myung Jae Nam fundou o Hankido, sendo essa uma arte marcial dedicada ao povo coreano e reconhecida pelo governo como patrimônio cultural. Após a formatação do Hankido, a nomenclatura da I.H.F. que significava International Hapkido Federation, passou a ser adotada como International H.K.D. Federation, onde em H.K.D. lê-se Hapkido Hankido Hankumdo. Hankumdo é uma outra formatação técnica desenvolvida pelo Kuksanim Myung Jae Nam para o desenvolvimento das técnicas com espadas. Essas técnicas usam as movimentações aprimoradas do Hankido somadas ao alfabeto do Hangul, que dão formas aos movimentos de ataques e defesas com a espada.

• International Hapkido Federation USA

Em meados de 1980, o Grão Mestre Bong Soo Han, discípulo direto de Yong Sul Choi, fundou a International Hapkido Federation USA fortalecendo ainda mais o seu vínculo com o ocidente. Han foi um dos alunos mais importantes de Choi, sendo detentor de estremo conhecimento técnico tornando-se então, referencia no que se diz respeito em Hapkido, principalmente no ocidente, sua escolha para a dedicação e difusão da arte marcial através da International Hapkido Federation USA. Essa federação é uma das mais importantes organizações que procuram manter o Hapkido em seus moldes tradicionais, mantendo o espírito marcial e filosófico em seus praticantes. Através dessa organização, muitas entidades militares e organizações especiais, como o FBI, adotaram em seus currículos o Hapkido como técnica de auto defesa.

• Jung Do Kwan – Hapkido Of The World (Doutrina do Caminho Correto)

Um estilo de Hapkido de linhagem Tradicional, tem suas origens na Coréia do Sul e propagou-se nas Américas por intermédio de um dos mais importantes representantes desse estilo, o Grão Mestre Park Sung Jae, hoje líder da Jung Do Kwan. Um estilo de Hapkido mais dinâmico e linear, busca desenvolver suas técnicas de modo mais certeiro e pontual. Em suas técnicas, podemos notar a manipulação de muitos pontos vitais, influência essa dos conhecimentos de Acupuntura e Ortopedia que o Grão Mestre Park adquiriu na Universidade de Kyung Hee.
O estilo Jung Do Kwan é um dos mais praticados e influentes no Brasil, pois foi uma das primeiras escolas a se estabelecer no país como entidade organizacional da arte do Hapkido. Os principais mestres brasileiros foram discípulos do Grão Mestre Park Sung Jae que em 1972 chegou no Brasil para fortalecer a difusão do Hapkido Jung Do Kwan.

• The World Kido Federation

Curiosamente, não é uma federação exclusiva de Hapkido e sim uma entidade que tem o objetivo de organizar e difundir as artes marciais coreanas mundo afora. Fundada e liderada pelo Grão Mestre In Sun Seo, um dos mais importantes artistas marciais coreano da atualidade, a TWKF (conhecida também como Kidohae) tem um papel importante na administração das artes marciais coreanas, pois atua diretamente com o governo na emissão de certificações e qualificações técnicas por todos os cantos do mundo. Sua presença no cenário do Hapkido não estipula técnicas ou estilos, mesmo tendo como fundador um dos principais mestres e discípulo de Yong Sul Choi. Atua muito mais no âmbito organizacional do Hapkido fora da Coréia, organizando eventos para uma melhor distribuição técnica e difusão de seus trabalhos.


*

Korea Hapki Association - Han Kuk Hapki Hae

Após a dissolução da Korea Hapkido Association, o Mestre Myung Jae Nam, juntamente com alguns outros mestres , entre eles o Mestre Park Sung Jae, se organizam e formam essa nova organização , no início dos anos 70.
Essa que seria posteriormente reformulada pelo Mestre Myung Jae Nam , para a criação da International Hapkido Federation - I.H.F.


• Korea Hapkido Association

A primeira entidade oficial coreana a adotar o nome Hapkido como formatação de arte marcial. Fundada e idealizada pelos maiores mestres da época ligados a Yong Sul Choi, essa entidade teve a importante tarefa de apresentar o Hapkido para o seu país de origem. Em 1965, em sua concepção, liderada por Ji Han Jae e Kim Moo Wong foi responsável em mostrar as técnicas desenvolvidas por um grupo de mestres das artes marciais coreanas e a novidade apresentada por Yong Sul Choi. Nasce então, oficialmente o Hapkido como arte marcial coreana. Em 1973, passa a se chamar Republic Of Korea Hapkido Association.

• The Korea Hapkido Federation

Dissidente da Korea Hapkido Association, alcançou o grau de maior importância na divulgação do Hapkido pela Coréia e conseqüentemente pelo mundo. Tornou-se a federação mais popular de Hapkido e até hoje é a que tem o maior número de academias e conseqüentemente maior número de praticantes na Coréia do Sul. Tem a fama de tradicionalismo ao que se diz respeito na formatação do Hapkido, pois trabalha suas técnicas com fidelidade ao que foi concebido por Yong Sul Choi e seus discípulos. Sua dissidência confunde-se com a história da Korea Hapkido Association, pois na verdade essas duas organizações eram as mesmas e fundadas pelos mesmos mestres, sendo difundida quando a Republic Of Korea Hapkido Association foi fundada. Hoje, a TKHF é liderada pelo Grão Mestre Oh Se Lim.

• Sin Moo Hapkido (União da energia mental e física)

Foi a primeira academia a utilizar o nome Hapkido. Fundada por Ji Han Jae em 1957, que aprimorou suas técnicas de Yu Kwan Sool Hapki ensinadas pelo Grão Mestre Yong Sul Choi, foi responsável pela formatação literária do Hapkido. Foi nessa escola, idealizada por Ji Han Jae que o Hapkido nasceu. E partir daí, o desenvolvimento do Hapkido foi crescente com a influência de outros mestres nas organizações que viriam a surgir no futuro.
O Hapkido Sin Moo caracteriza-se muito com a aplicação dos chutes herdados do Taekyon – arte marcial tradicional que originou o Taekwondo. Com a união das técnicas de chutes, juntamente com as técnicas de imobilização e traumatismos do Yu Kwan Sool Hapki de Choi, surgia então uma arte marcial de extremo potencial técnico. Em 1969, Ji Han Jae viaja para os Estados Unidos a convite do governo americano para auxiliar na preparação de seus agentes especiais. Com isso, a América fica conhecendo o Sin Moo Hapkido que é apreciado até hoje por todos.

• World Hapkido Association

Tendo sua sede em Thousand Oaks, Califórnia - USA, foi fundada pelo ilustre Mestre Tae Jung, com a colaboração de seu Grão mestre Hwang In-Shik, considerado um dos mais talentosos mestres da antiga Korea Hapkido Association- K.H.A., atua no cenário do Hapkido desde sua concepção até as telas do cinema. Hoje a WHA , ainda é presidida pelo Mestre Tae Jung que reside nos Estados Unidos. A WHA tem uma grande influência na divulgação do Hapkido na América do Norte, organizando seminários e atuando diretamente com as forças armadas americanas. Possui uma reputação exemplar no que diz respeito à organização e tradições. Possui representantes pelo mundo todo nos quais desenvolvem um Hapkido de qualidade seguindo os critérios tradicionais de sua estruturação.

• World Hapkido Games Federation – WHGF

Essa federação foi criada para difundir o Hapkido independente dos estilos. Idealizada pelo mestre Han Jung-Doo, a WHGF organiza eventos pela Coréia e demais países a fim de abranger o intercâmbio técnico e cultural através de seminários, jogos, competições etc.. Com elaboração de conteúdos didáticos como livros e vídeos, a WHGF contribui com a formação cultural dos praticantes além dos tatames. O respeito por todos os estilos é o grande potencial dessa federação.

• The World Hapkido Federation
Sua história confunde-se com as demais entidades responsáveis pela formação do Hapkido. Também dissidente da Korea Hapkido Association, fundada inicialmente como Yun Mu Kwan pelo Grão Mestre Myung Kwang Sik e futuramente originou a The World Hapkido Federation nos Estados Unidos. Apresenta um Hapkido composto em técnicas abrangentes desde chutes até projeções, influências essas das artes do Tang Soo Do e Yudo, treinadas por Myung Kwang Sik. Mestre Myung faleceu em Julho de 2009.

* The Federation of Korea Hapkido - TFKH

Uma das mais novas instituições criadas em prol do Hapkido Tradicional.Dissidentes da Korea Hapkido Federation, A TFKH, é basicamente formada por antigos e renomados mestres da Jin Jung Kwan, escola muito conhecida no mundo todo pela sua qualidade em Hapkido.
Com uma ideologia arrojada, a entidade tem um projeto de construção de um Centro de Cultura e Treinamento , com alojamentos, áreas de lazer, bibliotecas, videotecas , nos moldes da Kukkiwon ( Sede do Taekwondo Mundial - W.T.F.).
Nesse projeto, consta também a criação da Universidade de Hapkido, com a intenção de formar Hapkidoistas, especializados em medicina oriental, ortopedia, fisiologia e etc.
Essa nova Federação , tem tudo, para daqui a muito pouco tempo ,se tornar uma referência mundial em qualidade de Hapkido.

FONTE: ARQUIVOS DA DIRETORIA CULTURAL DA LIGA NACIONAL DE HAPKIDO, GESTÃO 2008

ENTIDADES DE HAPKIDO NO BRASIL

Principais Instituições no Brasil

• Associação Nacional de Hapkido Tradicional – ANHT

Leva esse nome por adotar fielmente as técnicas apresentadas pelo Grão Mestre Park Sung Jae quando chegou ao Brasil. Tem como maior objetivo manter intacta essa tradição e perpetuar esses ensinamentos a todos que seguirem o estilo Jung Do Kwan. É a entidade responsável pela representação oficial da World Hapkido Association – WHA sendo responsável pela organização de eventos dessa entidade aqui no Brasil. Fundada em 2004 por mestres seguidores do estilo Jung Do Kwan, dentre eles o Grão Mestre Marcílio Nogueira, discípulo direto do Grão Mestre Park Sung Jae, a ANHT faz um excelente trabalho de divulgação e manutenção da tradição de seu estilo. À frente a ANHT, estão os mestres Carlos Feliciano como presidente e Paulo Caldas Jr. como vice, além do Grão Mestre Marcílio Nogueira como diretor técnico.


• Federação Paulista de Hapkido

Foi a primeira federação oficial de Hapkido no Brasil. Fundada em 1991 pelos grãos mestres Park Sung Jae e Park Kyu Jae, teve como objetivo, organizar as academias de Hapkido de São Paulo que eram lideradas por alunos dos irmãos Park. Na época, com o auxílio dos mestres Marcílio Nogueira, Ranulfo Amorim Bezerra, Sérgio Fernandes, Leonardo Rafael Rossi, Clarindo Bibiano dentre outros, a Federação Paulista iniciou seu trabalho organizando os exames de graduação e unificando as academias. Hoje, a FPH é presidida pelo Grão Mestre Song Un Kim.

• Hoi Jeon Moo Sool Brasil

Liderada pelo Mestre Alfredo de Carvalho em Peruíbe-SP, as técnicas do Hoi Jeon Moos Sool chegaram ao Brasil em meados da década de 70, pelo então mestre Park Kyu Jae, enviado como representante oficial pelo próprio fundador do estilo, Myung Jae Ok. O mestre Alfredo de Carvalho treinou com o mestre Park Kyu Jae até seu retorno para coréia no final da década de 80, deixando-o assim como responsável por seu legado e difundir o Hoi Jeon Moo Sool no Brasil.



• Instituto Brasileiro de Hapkido

Fundado pelo Mestre Luiz Eduardo Miele Jr., o Instituto apresenta uma formatação técnica moderna e evoluída dentro de todos os conceitos e informações adquiridas por seu fundador. O Mestre Miele é um dos maiores conhecedores de Hapkido no Brasil, não apenas dentro como fora dos tatames. Suas experiências no exterior, principalmente na Coréia, permitiram-lhe uma evolução consciente dos conceitos técnicos do Hapkido. Sua proximidade com os Grãos Mestres Myung Jae Nam e Myung Jae Ok lhe propiciaram a evolução das técnicas circulares, como o Hankido e o Hoi Jeon Môo Sool, favorecendo assim uma junção do tradicional com o moderno com maestria.


• Semokwan IHF Brasil (Escola do triângulo)

A Semokwan foi fundada no início da década de 90 pelo Mestre Sergio Fernandes como Associação e em 2005, tornou-se Confederação Brasileira H.K.D. Semokwan, sendo essa, entidade representante legal e oficial da International H.K.D. Federation no Brasil. A Semokwan trabalha para difundir no Brasil e no Japão, além das técnicas do Hapkido tradicional apresentado pela I.H.F., como também o Hankido e o Hankumdo. Essas duas artes foram desenvolvidas na I.H.F. pelo Grão Mestre Myung Jae Nam e são consideradas artes marciais legitimamente coreanas pelo governo, tornando-se patrimônio cultural coreano.

• Um Yang Kwan (Escola do equilíbrio)

Criada pelo Mestre Alexandre Gomes, tem grande influencia na Região Sul do Brasil, Argentina, São Paulo, é a entidade que representa aqui no Pais a Kido Hae Federation, do Mestre In SuN Seo.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Treinamento de Hapkido pelos Policiais Gaúchos

Polícia Civil gaúcha inova na formação de seus policiais

Um curso de hapkido prepara os agentes nas práticas de imobilização e desarmamento de criminosos



Golpes, alavancas, socos, quedas, rolamentos e luxações transformam o Hapkido em uma das artes marciais mais eficazes que existem. Basicamente utilizada para a defesa pessoal, esta arte marcial ainda é pouco difundida no Brasil. Pois a Polícia Civil gaúcha viu, nesta técnica sul-coreana, predicados que podem melhorar o preparo e o desempenho dos agentes policiais. A partir de uma iniciativa do delegado João Bancolini, atual Diretor do Denarc — Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico —, um curso de defesa pessoal, baseado na prática do hapkido, treina, há mais de três meses, o policial para enfrentar as diversas situações da sua profissão com mais lucidez.

O curso é ministrado pelo mestre Luís César Nunes, e visa preparar para a imobilização na condução e colocação de algemas em presos, no desarmamento de pessoas com arma de fogo a curta distância, e no condicionamento físico, convertendo o hapkido à técnica mais adequada ao agente policial. Com anos de experiência ensinando policiais civis e militares, o mestre Luís César considera a técnica do hapkido fundamental para o policial manter a tranqüilidade em momentos de grande adrenalina na profissão: Este treinamento ajuda no lado psicológico e emocional do policial, porque se ele estiver bem preparado, com autocontrole, ciente daquilo que vai aplicar, ele evita o uso da arma, muitas vezes o excesso, a lesão. Isto faz com que o criminoso respeite mais o policial.

O Hapkido é uma arte marcial que não usa tanto a força, usa um sistema de torções e alavancas, imobilização de braços, pernas e pescoço. Especificamente para o policial, as práticas treinadas são em cima da defesa, mas também possibilitam a antecipação, evitando o uso de violência e do excesso de força. Atualmente estão participando do curso dois delegados e dez agentes, sendo que o limite de vagas é de 20 pessoas. Segundo o mestre Luís, é possível individualizar o treinamento, inclusive com mulheres que, segundo ele, têm até mais facilidade de executar os movimentos do hapkido por possuírem maior elasticidade. Apesar de considerar o treinamento mais fácil de ser ensinado ao agente policial, por terem um “algo a mais”, o Mestre aponta, como grande dificuldade dos policiais, o preparo físico: Muitos são sedentários e sentem falta de treinamentos específicos para o condicionamento físico, o que dificulta a execução de alguns movimentos do hapkido.

O Inspetor Volnei Lima, assíduo em diversos cursos dentro da Polícia Civil, não perde a oportunidade de apreender técnicas novas: É uma questão de sobrevivência a prática do treinamento, a minha vida está em risco, e eu tenho mais idade, preciso estar treinado. Este tipo de treinamento é comum dentro de todas as polícias do mundo, as mais evoluídas possuem testes semestrais e anuais de condicionamento físico ao policial de rua. No Brasil, é comum apenas um teste quando o agente ingressa na polícia.

O delegado João Bancolini, Diretor do Denarc, é o principal responsável pela inclusão do treinamento de artes marciais dentro da Polícia Civil. Considerado por ele um hobby, o delegado João Bancolini praticava o hapkido antes mesmo de ingressar na polícia. Presidente, durante três anos, da Federação Gaúcha de Taekwondo, O Delegado Bancolini é um admirador e incentivador da prática de artes marciais em todos os departamentos por onde passa: Tanto na 3ªDPRM, onde fui titular, quanto agora no Denarc, tenho destinado um local para o pessoal treinar ou até mesmo aprender, pois é sempre importante para a saúde do policial. Muitas vezes também, o policial se depara com situações em que seu desempenho fica ainda melhor se ele tiver um preparo para enfrentá-las. O mestre Luis César vê a participação do Delegado Bancolini importante para cativar mais agentes para ingressarem nos cursos, aumentando a autoconfiança do policial.

E os policiais gaúchos não poderiam estar em melhores mãos. O mestre Luís César Nunes foi o primeiro brasileiro a prestar exame no curso acima de 4º DAN (grau na prática do hapkido), que só os mestres com 15 e 20 anos de prática em artes marciais podem fazer. Ele sugere o aprendizado de artes marciais também ao cidadão comum. Ao praticar em uma academia, com orientação, uma pessoa pode atingir a faixa preta dentro de dois ou três anos. Por trás da atividade física e do desenvolvimento do corpo, diz o mestre, está um legado histórico, fundamentalizado, filosófico, que prepara o cidadão, cada um com seus limites.

Fonte:Polícia Civil RS